maio 14, 2010

A República e os números das Ruas de Espinho

"Na Acta de Reunião de Câmara, de 20 de Outubro de 1910, 15 dias após a Proclamação da República, os empregados dos Serviços de Correio e Telégrafos de Espinho solicitavam à Comissão Administrativa, presidida pelo Dr. Joaquim Pinto Coelho (Republicano convicto), que fossem reavivados os números das portas apagados e que se colocassem os números de porta em falta. O Presidente da Câmara aproveitou a oportunidade, para sugerir a substituição de diversos nomes de ruas. Esta proposta foi aprovada por unanimidade.
Parece-nos que esta atitude não foi de todo inocente, já que a maioria dos nomes das ruas de Espinho, pós 5 de Outubro de 1910 (Implantação da República), estavam ainda ligados ao regime político deposto (Monarquia Constitucional) nessa data.
Em 5 de Janeiro de 1911, a Comissão nomeada, para a substituição de diversos nomes de ruas, apresentou a sua proposta final, que consistiu no seguinte: ruas e avenidas perpendiculares ao mar teriam números ímpares e as paralelas ao mar números pares, mantendo-se, no entanto, alguns dos antigos nomes.
A leitura das Actas seguintes demonstra, aliás, que os antigos nomes vão caindo no esquecimento, começando as ruas a aparecer identificadas, apenas pelos números. Durante algum tempo, no texto das Actas da Vereação era colocado entre parêntesis, o antigo nome, prática que deixa de ser utilizada à medida que os números vão sendo interiorizados."
Retirado de http://www.cm-espinho.pt/publico/arquivo/toponimia_espinhense.pdf, no dia 14 de Maio de 2010

1 Response to A República e os números das Ruas de Espinho

22 de setembro de 2010 às 22:25

Eu sei o nome de algumas de cá de Lisboa os nomes após o dia 5 de Outubro de 1910.
Tanbem como não ia saber tenho 17 anos

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